Devendra Banhart

Oscilo sem pudor na minha solidão. Vou de um lado pro outro, puxada ora por uma tristeza sem fim, ora por uma euforia inexplicável. Ao léu. Sou fantoche nas mãos dos meus pensamentos. Minha mente não para. Mas estou consciente. Minha razão e bom-senso me conduzem de alguma maneira para o meu lado mais sóbrio, mesmo sob efeito de álcool. É uma luta infindável. E quando me percebo, estou sem energia. Então lembro que sou energia e não posso perdê-la. Recupero as forças instantaneamente. A mente inquieta, como se debatendo contra correntes que tentam prendê-la, grita, esperneia, tenta de todo modo me levar ao sentido contrário. Começa a tocar Baby, de Devendra Banhart. A euforia boa volta. Adoro essa música. Sinto vontade de dançar. Minha mente se acalma, parece querer me acompanhar. Tudo é mais leve do que parece. Mas a gente, eu e minha mente, a gente esquece.

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