o verdadeiro grande salto

Quando eu era pequena, eu queria ser astronauta. Todos os dias à noite, eu e meus irmãos deitávamos com meu pai no quintal de casa para ver as estrelas: eu, que era a menor, ficava sobre o peito dele; minha irmã, abraçada pelo lado esquerdo; e meu irmão, acolhido pelo direito. E ficávamos ali horas, olhando para o céu e ouvindo histórias. Aos nove anos eu já tinha lido todos os livros relacionados, do Júlio Verne. E ficava encantada a cada notícia nos jornais. Mas, com o passar dos anos, meus interesses mudaram e minha vontade do espaço se resumiu a uma gostosa curiosidade, que se reanima a cada nova descoberta. A última delas é artigo de luxo de milionários e sonho de consumo meu - e acredito que de 99% da população mundial. Se você tem 200 mil dólares sobrando, então você pode ir pro espaço, literalmente. Entre ida e volta, são três dias de viagem, sendo 90 minutos de voo espacial e 4 minutos de permanência lá, em meio à gravidade zero. Deve ser demais demais demais. Não só porque está se popularizando o que, há bem menos de um século, era quase impossível aos olhos de (até) visionários. Mas porque também é a oportunidade de ver a vida de fora, e, o mundo, de um outro ângulo.

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