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Mostrando postagens de 2018

December

Another year is gone And what have you done?

Wind

Wind goes fast in Ireland. That must be why time and days seem run to far, far away.

Heart fulls

This much love will need a several spaces to be accommodate. Maybe a house, but not a big one. Just a simple place, with a small vegetable garden, a cosy living room, and little corners to meditate and to keep some musical instruments. Besides that, this much love will need extra help to carry it. Maybe two more people, but not just anybody. They must be someone like us --easy-going, fun, passionate about the simple things of life, and better still if they have your dimples. Yes, I have my heart completely full and set on you. Would like to share this much love with me?

Dimples

What Dictionary says: small hollow in cheek. What Afonso Cruz says: a muscle devoted to laughter. What I say: I love you.

Imperfect poetry

Had or have had a stone in the middle of the path from past simple to present perfect? (Sorry, Carlos Drummond de Andrade.)

E o problema não tá no Waze

A vida é um caminhão de mudança transportando dezenas de louças de cristal, sem plástico bolha, por ruas completamente esburacadas, a 100 km/h. Passamos o tempo recolhendo cacos e aprendendo a não se cortar entre um estilhaço e outro. Tentando colar os pedaços numa esperança infatigável de recomeçar. E quando, refeitos de si mesmos, voltamos ao volante, a primeira pergunta que nos fazemos é: onde comprar plástico bolha? Determinados a encontrar, seguimos em frente. E seguimos resolutos. Mas na primeira esquina, acabamos nos perdendo. De novo.

Fissura

Nada para. Nada fica. Nada dura. Tudo são fissuras.

Nada parece escapar

Tem um buraco negro no meu peito. Um imenso vazio crescente perdido no espaço do meu coração.

Dualidade

À revelia das ideias desses amantes, dos poetas mais delirantes, do Chico sempre brilhante. À revelia dos tristes e felizes, dos pobres e abastados. À revelia dos que ganharam e dos que perderam, dos corajosos e dos que têm medo. À revelia dos que esperam e dos que desesperam, dos eufóricos e melancólicos. À revelia da maresia, da fruta madura, do que perece e perdura. À revelia de tudo isso, o sol imperioso vai nascer de novo. E de novo e de novo e de novo. E em sua infinitude constância e justiça vai mudar tudo de novo.

Parados não adejam

Andantes apressados e seus braços esvoaçantes. Seriam anjos distraídos, na iminência de alçar voo? Ou apenas seres desabitados de si que não percebem a indiscrição do próprio corpo em relação aos demais? Dica: parados não adejam.