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Mostrando postagens de maio, 2017

Carrilhão

Sempre que as horas parecem se arrastar, lembro de uma antiga vizinha e seu carrilhão. Era uma senhora bem velhinha e solitária. O carrilhão tocava de quinze em quinze minutos, e sempre que tocava, parecia ressoar em seu coração. Sua feição ganhava um ânimo. Era como se o relógio despertasse alguma esperança lá dentro esquecida. Então ela dizia: que bom, já já é hora de dormir.

Dias beges

Não é a rotina. Mas a monotonia. Não são as pessoas. Mas os mesmos jeitos de pensar, fazer, falar. Não é a segunda-feira. Mas o sentido que se perdeu. Não sou eu. Mas os meus pensamentos.

É só pão com presunto e queijo

Mas apresentado como uma bela torta salgada, numa travessa bonita, ganha outro sabor. Sabor de fantasia. Não viaja.