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Mostrando postagens de outubro, 2011

foi sem querer

Quando a gente cresce, sem querer a gente esquece que brincar é verbo de infância. Que os carros já não são mais de plástico. Que as pessoas não são bonecos. E a gente machuca e se machuca. Faz cara de manha. De choro. E chora. E de novo, sem querer, a gente esquece que tudo é mais leve do que se parece.

e o tempo fechou

Hoje meu sol é um dó.

não deu tempo

Você foi tão cedo embora. E eu tão tarde aprendi a viver. Não deu tempo.

injustiça

Ah, meu coração. Será que ele aguenta? Será que vai dar conta? Será que em algum momento, de tanto correr assim, acelerado, não vai se cansar? E então cansado, querer descansar? Nada mais justo, não é mesmo? Não, não. É injusto.

obediência

Hoje, pode vomitar conselhos recalcados, vontades insatisfeitas, sermões malsãos. Hoje eu só dou ouvidos a uma pessoa: Norah Jones.

talvez

Os egoístas são tão solitários. Talvez porque queiram mesmo. Talvez porque ser o umbigo do mundo seja a grande ambição. Mas talvez também porque não sabem que são assim, tão solitários. Porque se soubessem, talvez despertariam na dor. E ao contrário do que pensam, talvez seja simples não ser mais assim. Talvez seja tão fácil como trocar o t pelo d. Mas aí, de solitário para solidário, não seriam mais egoístas.