dos contos tontos porque há amor

Quanto mais perto ele chega para me aquecer, mais frio eu sinto na barriga. E é a essa temperatura que me acostumei viver desde que o conheci. Na vitrine da loja próxima do trabalho dele, há vestidos repetidos aos meus olhos, já e tão cansados de vê-los. A minha admiração não está na moda sobreposta às manequins, mas sim em poder observá-lo de longe, sem ser notada, contemplando seus gestos espontâneos, autênticos, passíveis de sinceridade apenas quando se está sozinho. E é ali que fico todas as quartas-feiras, sempre que tenho tempo livre. É que a noite demora para chegar. E o amor tem pressa.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quarto infinito

dá licença que eu vou ali chorar um pouquinho

milhas e milhas