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Mostrando postagens de novembro, 2015

Controle

Feito doce, eu devoro você. Feito dieta, eu evito.

Você, meu mistério

Entre mim e você há uma distância. Um muro de distância. Você está ali em cima. Eu, aqui embaixo. Talvez você tenha uma vista mais privilegiada do que a minha. E deve mesmo ter. Mas acredite, eu também vejo coisas bonitas daqui. E gostaria muito de mostrá-las a você. Enquanto isso vou mostrando como sou. Vou sendo como posso. Jogando meu corpo no mundo. Andando por todos os cantos.

Quem?

Imagem
Me prenderam dentro de uma caixinha que não era de presente. Não tinha furinho pra respirar, nem brechinha pra olhar. Fiquei lá dentro, quietinha, esperando alguém notar. De repente a caixa balançou. Pra lá, pra cá. Pra lá, pra cá. Pra lá, pra cá. Opa, senti molhar. E não era de xixi. Era água de mar! E agora? Eu não sei nadar. Estão me levando. Peraí. Quem disse que eu quero ir? Foto: Thiago Ventura ( https://www.flickr.com/photos/thiagoventura )

Pequenas coragens diárias

Entre um café e outro. Entre um sinal vermelho e outro. Entre um like e outro. Da hora em que se acorda até a hora de dormir. Há que se ter coragem. Para levantar disposto da cama. Para ser paciente no trânsito. Para não comer aquele doce. Para não ser grosseiro com o vizinho sem-noção. Para enfrentar as muitas segundas-feiras que existem numa mesma semana. Para se enfrentar.

Sou dessas

As músicas que falam de saudade me soam como velhas conhecidas. Parecem me compreender profundamente, como uma amiga de infância que há muito não vejo mas para a qual meus sentimentos dispensam apresentações. Aumento o som como se isso me aproximasse do objeto de minha saudade. Também programo para repetições infinitas, como se isso fizesse esgotar as dores da distância. A euforia cresce e meu coração parece deixar no chinelo as batidas que ritmizam a música. Sou dessas de sentir saudade. Mas não qualquer saudade. Saudade de você.

Da singeleza do amor, meu mais sincero afeto

Para organizar os pensamentos nada melhor que organizar a casa. Ontem foi assim. Me desfiz de coisas vencidas não só pela data de validade mas também por sua inutilidade. Lavei muita roupa suja comigo mesma. Interessante observar o processo de lavagem. É preciso primeiro haver o caos de peças misturadas, em movimentos confusos, para que a purificação aconteça. Também varri a sala, atenta às pequenas sujeiras que insistiam em permanecer debaixo do tapete. Ontem não havia mais nada que eu pudesse fazer a não ser cuidar da minha casa. Talvez você ainda apareça.