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Mostrando postagens de setembro, 2010

fome de amor

Sim, estou triste. E não é para menos. Você levou a geleia de morango embora. Com você. O que sobrou foram apenas restos na faca e resquícios na manteiga. Eu não pude deixar de perceber também que ainda há o cheiro na geladeira. Das doces vezes em que ela surgia para acompanhar a bolacha de sal ou o pão com manteiga. Mas agora você foi embora. E sabe-se lá quando vai voltar. E se vai voltar mesmo. Mas se isso acontecer, se você voltar, será que ela já terá acabado? Ou será que ela terá sido abandonada em um canto qualquer da sua nova geladeira e, ali, esquecida, terá vencido? Será? Volte, por favor. Sem você, nada tem o mesmo sabor.

saudade

Por ter experimentado o grau mais alto que a dor na alma pode causar, posso afirmar que a máxima "o tempo cura tudo" nada mais é que uma falsa esperança para os que sofrem a morte. O que acontece é que aprendemos a viver pela metade, com o nó na garganta, com o buraco no estômago. E é pelas distrações (e somente por causa delas) que se sobrevive. As distrações são como um corrimão sobre o qual se apoia para não cair. Porque sempre que o aniversário do que é triste se aproxima, tudo volta ainda mais intensamente. Como alguém que sofre de abstinência e tem uma recaída.

amor

Pai é para sempre. Especialmente o meu, cuja presença tão doce eu posso sentir a todo momento, durante todo o meu dia. Isso é possível por causa de algo mágico e indescritível chamado Amor. Algo que é tão parte de mim, que me toma o ser. A palavra Pai me remete ao meu melhor, aos melhores sentimentos que eu posso ter, porque eu tive um que foi a representação máxima disso e que me fez sentir assim todos os dias da minha vida. Sou privilegiada por isso. Porque um pai como o que eu ganhei ninguém jamais terá.