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Mostrando postagens de outubro, 2009

de repente

De repente, quente. Aquele frio? Sumiu.

segunda é dia de fiado

Vamos acabar com as segundas-feiras? Viver não é coisa de segunda, mas sim de primeira. Coisa de domingo ou sábado. As prioridades de segunda deveriam ser secundárias, assim como o próprio nome diz. Gostou? Não? Ok, amanhã eu faço. O prazo é para hoje? Então mude para terça. Segunda é dia de fiado, de coisas e horas intermináveis. Você talvez comece, mas não termina. Até a esperança, que sempre é a última a morrer, morre na segunda - de preguiça. Às segundas, nada é bom o suficiente para ser digno de insistências. Hein, vamos? Vamos acabar com as segundas-feiras? Então tá, amanhã a gente combina. 

sonho real

Um dia você vai passar por pessoas estranhas mas que lhe parecerão familiar pela simples maneira como vão se esbarrar em você. Você vai perceber que não é porque certos estabelecimentos funcionam 24 horas que os atendentes desses lugares serão gentis 24 horas. Você vai descobrir que caminhar pelas calçadas em dias de chuva pode ser perigoso, já que algumas pessoas não sabem andar com guarda-chuva sem quase rasgar os olhos de quem cruza o seu caminho. Você vai ouvir aquele sotaque diferente e, por isso, vai achar que tudo será diferente. Não se iluda. O que antes parecia novo, um dia será igual. E a essa altura, isso não fará a menor diferença. Porque você nunca mais será o mesmo.

milhas e milhas

Aeroporto é um círculo vicioso de saudades: você embarca para cessá-las, mas deixa tantas outras de onde saiu. Estou ficando um pouco repetitiva nesse assunto, mas é a tônica do que tenho vivido dia após dia, e principalmente agora, que o primeiro ano se aproxima. A partir de agosto os meses são inquietos e, assim também, particularmente, meu coração. Ainda tenho traumas de domingos e de telefonemas em manhãs ociosas. A dor existe tão forte quanto o primeiro dia sem ele. E o embarque e desembarque vem sempre acompanhado de uma tristeza no peito que ninguém jamais vai entender.