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Mostrando postagens de setembro, 2009

choro em palavras

Vontade de escrever um livro. Nada de páginas infinitas e que só fazem agravar a ansiedade, afinal o tempo grita e a pressa é hoje amiga do conhecimento. Vontade de escrever uma história, sem pretensões de dizer alguma mentira, e, assim talvez, desafogar um pouco a dor que tanto aperta o meu coração.

terapia monetária

Tudo quanto você precisa, você pode ter. Basta pagar. Se é carência, você paga uma mulher. Se é solidão, você aluga um DVD. Se é tristeza, você compra um chocolate. E quando nada disso adianta, você procura o analista. Lá, você vomita todas suas dores, seus temores, se abre, se revela, se entrega, e quando finalmente se sente um pouco melhor, chega a hora de assinar o cheque. E aí não sobra dinheiro pra mais nada.

a gripe suína também vem de gente porca

Se todas as atenções do mundo estão voltadas à gripe suína, por tabela, estão voltadas também aos bons-modos das pessoas. Orientar a população para tampar o nariz e a boca no momento de tossir/espirrar não soa como reforço à uma atitude básica de civilidade, mas sim como uma aula de etiqueta em tempos de botox. Se hoje, mais do que nunca, as pessoas se reparam nesses momentos desconfortáveis, então, mais do que nunca, deveriam ser mais cuidadosas. A revolta toda é por causa de um berdamerda que, caminhando em minha frente pela calçada, resolveu dar um escarro pra trás, para o ar. Resumindo: em mim. Foi cusparada nos meus olhos, na minha boca, no meu pescoço, cabelo, enfim, um banho de porquice em pleno horário de almoço. Nesses casos, se você sentir o corpo quente e dor de cabeça, não vai ser gripe. Vai ser raiva.

redoma

A distância é a loucura mensurável. Quanto mais longe, maior a imaginação. E mais perigoso é chegar a algum lugar.